sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quarto de Hospício

Oh, Criador, você já esteve aqui, então me diga como as pessoas podem ser tão diferentes e gostarem da semelhança como um só?
E a chuva que revigora, carrega em si um simbolismo artístico que vai além de um olhar comum.

Oh, Criador, como pode o barulho das lágrimas escorrerem pela janela, enquanto o som da nossa história toca em meu cérebro e aciona o meu coração? Nos cantos da minha mente, eu espero nunca mais vê-lo novamente...
E então eu me arrependo.

Foi um sofrimento raro que nós passamos nessa Terra, mas eu fiquei realmente perdido, me senti uma cor, tanto ressentimento e desconfiança e você me amou! Talvez o que eu queira dizer é que o fantástico está no fato de seu eu estar meu.

Oh, Criador você já amou com a dedicação de um homem? Você sabe que isso nos queimou como relógios lentos frente a impaciência pra chegar no horário.
Eu posso imaginar a beleza de não sentir nada e ser respeitado por todos, ainda mais por aqueles que te ignoram. Mas como é isso?

Oh, Criador, como é não precisar de ninguém? É como ouvir barulhos no corredor de um hospício?
Então eu deveria ter nascido dinossauro, incapaz de conviver com todos e acabar extinto por ser aquela experiência que deu errado.

Oh, meu amigo, eu não devo ser levado a sério, pois só estou queimando de amor, e quando a gente ama o que está a nossa volta, nos tornamos criadores... por quem esteve apaixonado quando resolveu criar o meu Universo?


[Janelle Monáe - Oh, Maker]

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