sábado, 31 de março de 2012

Prefeitura de Santo André passa por cima da população

Não adiantaram as assinaturas do abaixo-assinado, a representação na Câmara, as discussões com os trabalhadores e as opiniões públicas negativas... a prefeitura de Santo André passou por cima de tudo! A intenção é fazer uma rotatória, cortando a praça Rui Barbosa em Santa Terezinha, prejudicando assim a comunidade que transita todos os dias por ali.

Os aprendizes da Escola Livre de Teatro por três vezes pararam as máquinas, a favor da comunidade, mas não são apenas os alunos que vão sofrer.

A praça está abandonada, fato, mas a responsável pela conservação deveria ser a Prefeitura, correto? Correto! Se não há iluminação adequada, se o mato está alto, se os muros estão pichados, se não há segurança suficiente, qual é a solução? Acabar com tudo? Não! A solução é resolver conscientemente, transformar a praça num lugar de convivência. Pois há o público do Teatro Conchita de Moraes, do cartório, da igreja, da escola Profª Carlina Caçapava de Mello, aprendizes da Escola Livre de teatro, fora que no projeto, para a rotatória ser realizada a rua tem que ser rebaixada, acarretando em alagamentos e enchentes que já decorriam quando a rua existia em 1997. A rua foi transformada em praça justamente para minimizar os riscos de acidentes e prevenir tudo isso que foi falado aí em cima.
Agora a questão, por que depois de 15 anos é destinada verba pra voltar a fazer o que já era? Não poderia ser melhor aproveitado esse dinheiro? Ou essa obra existe justamente pra ele ser aproveitado?
A praça é do povo mesmo, segundo Castro Alves, ou a praça só existe pra atrapalhar caminho de carro?

Houve um manifesto hoje na praça, uma ação para que as pessoas vejam que estamos preocupados com tudo isso, com barulho, público, poluição e com o meio ambiente. Somos indivíduos, pagamos impostos, temos direitos e reivindicamos por eles!
Algumas fotos da nossa ação contra a rotatória, a favor da revitalização:










































CARTA ABERTA À COMUNIDADE SANTA TEREZINHA E AOS FREQUENTADORES DA PRAÇA RUI BARBOSA

"A praça é do povo!
como o céu é do condor." Castro Alves 

Uma reforma existe para transformar algo para melhor, certo? Mas não é o que vem acontecendo na Praça Rui Barbosa.
A Praça inclui um cartório, a Igreja Santa Terezinha - onde acontecem casamentos regularmente - a Escola Livre de Teatro e o Teatro Conchita de Moraes, além da escola Profa Carlina Caçapava de Melo. Por ser um local de grande fluxo de pessoas, era de se esperar que a reforma, que já está acontecendo, transformasse esta praça num lugar seguro, feito para o encontro da comunidade, para noivas tirarem fotos após o casório e para receber o público que vem ao teatro.
Esperamos que tudo isso aconteça e que a praça saia do abandono absoluto em que esteve nos últimos quatro anos, maaaaas... Surpresa!!! Uma rua será aberta e passará pelo meio da praça, retirando árvores, isolando e tornando-a, portanto, mais vulnerável à marginalização e uso de drogas, perda de espaços de convivência e lazer, além do grande perigo representado pelo fluxo de carros para as crianças e jovens das várias escolas do entorno. Outro problema sério é que o rebaixamento da via intensificará o já recorrente problema das enchentes que ocorrem todo ano, fato que é extremante preocupante para todos na região.
Queremos que a praça seja transformada num lugar iluminado, bonito, com academia ao ar livre, eventos regulares como feiras e shows para a população do bairro Santa Terezinha, com visibilidade, sendo retirados, por exemplo, as estruturas de concreto e que o problema do trânsito na região seja resolvido de outra forma – que não acarrete prejuízos ainda maiores para a população local.
O gasto excessivo com a abertura desta via pública seria melhor utilizado com a reforma da praça e seu entorno tal como ela é. Somos a favor de uma reforma bem pensada e que concorde com as necessidades da comunidade.
QUE A PRAÇA NÃO SEJA CORTADA AO MEIO! A PRAÇA É DO POVO!

Meu ponto

Tava voltando da casa depois do dia longo no trabalho. Pra fugir da rotina, resolveu comprar uma cerveja, só pra sair da rotina. Chegou no ponto e esperou... A garrafa também esperou. Nem gostava muito de cerveja, mas parecia maravilhoso fazer isso num horário daquele numa sexta feira.
Os ônibus iam e vinham... iam e vinham... frustradamente...
Bebeu e mediu o que faltava fingindo observar o rótulo. Umas quinze vezes repetiu, ora observava as excentricidades, ora olhava esperançosamente canino pro caminho em que os ônibus vinham, perguntou sobre os horários que ainda restava, com um pouco de dificuldade caminhou até a lixeira e se livrou finalmente da garrafa... confessava-se meio alto.
Voltou pro ponto inicial, inquieto, colocou as mãos nos bolsos, bufou, e se foi, ficando cada vez mais longe, mais longe, mais longe...

Hora do Planeta (e Casseta!)

Hoje aconteceu mais uma "Hora do Planeta", uma hora "contra o aquecimento global" em que ficamos uma hora com as luzes apagadas...
Mas o que será isso? Um protesto, uma intenção ou uma perda de tempo?
Não consigo enxergar muito sentido numa ação como essa, aonde estão as atitudes concretas para contribuir com um mundo muito mais leve que este?
Pois nego que fuma e taca a bituca na rua, não tem moral pra apagar a luz e falar de aquecimento global! Depois de um dia frio, um banho de chuveiro quente demorado, se a correria manifesta, o primeiro pensamento é comprar um carro, se a árvore atrapalha a sua janela ou a fiação, retira-se, e ainda que o mundo ameace explodir, fica mais fácil construir um abrigo subterrâneo a pensar em algo pra que isso não aconteça.

Assembléia não resolve nada, de boa intenções há ditados populares e, já que não teremos distrações alimentadas pela energia elétrica, por quê não pensamos um pouco mais enquanto o corpo está no escuro pra tirar a cabeça do breu, ao invés de ficar na internet do celular ou só apagar a luz da sala?

quinta-feira, 29 de março de 2012

Nós

Difundido, expressivo
Povo vive à esmo
controlado, enjaulado
e reprimido por si mesmo

Povo forte, povo avante
Vai de trem e pega o bonde
pega ônibus, o trilho
Só não pega a sorte grande

Tem valor imaterial
mas não sabe, não fala
foi podado, decotado
desterrado, empacotado

Todos nus no mesmo barco
vestindo o cotidiano
que se prende, que se mata
inda é corinthiano

Não entende
Não se entende
chamam de ignorantes
Quem entende
Que se entende
Tem algo de retirante

Tem algo de centro-avante
Tem algo de delinquente
Tem algo de papagaio
Tem algo da nossa gente

Sangue rosa
Sangue ralo
Sangue altivo
Sangue forte
Dá uma cara a tapa e a roupa
Só não fala o que não pode

No trem é estátua traumatizada
No trabalho é trato feito
Na família é sossego
És humano ao travesseiro

Mas um humano sem meio
Mas um humano com medo
Que veste a cara da batalha
pra feder como esterco
Posso encontrá-lo no espelho
Podes encontrá-lo no espelho
Está atado em atrações
Desatado do eu inteiro.



terça-feira, 20 de março de 2012

"Pode o TEATRO falar sobre o presente?" - O Drama Burguês

Semanalmente aqui eu vou colocar resumos das aulas teóricas de Pedro Mantovanni sobre este tema "Pode o teatro falar sobre o presente?". A escrita aqui trata-se de um texto produzido através das minhas anotações e entendimentos do assunto, vale ainda pesquisar mais sobre se o seu interesse for maior. Aqui, minha humilde transcrição do aprendizado.
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O teatro não tem uma única essência, existem teatros e teatros ao longo da história.
Agora, o que é o presente? O teatro pode falar sobre o presente? O grego não faria esta pergunta, pois os gregos vêem o tempo cíclico, seu tema principal é o mito, a problematização dos heróis que são dependentes do tempo, para eles o mundo sempre existiu e nunca vai terminar.
Mas para o homem medieval o tempo já está determinado pela providência divina. Então, ele utiliza-se de exemplos do que já foi feito para continuar vivendo, uma repetição de ações e pensamentos, afinal o homem não fazia parte da construção do novo, tudo já estava estabelecido. A forma teatral medieval é a missa, a religião, a salvação. O que interessa a ele é o evangelho. Para o homem grego é o mito.
Portanto, a pergunta tema trata-se de uma pergunta moderna.

No tempo da sociedade burguesa (séc. XV a XVIII), existe a ideia de que o passado e o futuro se estendem ao infinito. O passado ficou pra trás e o futuro ainda nem existe. Há um espaço para o novo, daí a valorização do tempo presente.
No mundo moderno o mito e a religião deixam o centro para o indivíduo. É o momento em que a pessoa tem escolha sobre seu próprio destino, é o que se chama de Ação Eletiva. Afinal, o futuro está aberto, ele não é mais determinado.

Surge nessa época o Drama Burguês que, em seu auge, é um gênero teatral que aparece com a burguesia. Diderot é o teórico do Drama Burguês, que não dá muito certo. É a burguesia inventando um teatro onde seus valores estão imbuídos de forma indireta, pelo drama.
Este gênero tem duas funções:

- A moral, segundo seu tempo. Ele acha que o teatro tem de ser transformador. Entende-se por transformador: esclarecer os homens, racionalizá-los; ensiná-los a amar a virtude e a odiar o vício.


(A moral é determinada por homens como um conceito de atitudes e ações aceitas pela sociedade, nada tem a ver com a política, polis, ou seja, com o que acontece na cidade).


(Virtude= disposição para seguir aquilo que é considerado regra, moral admitida numa época por um conjunto de homens em seu momento histórico).


- Outro aspecto, além da moral, por o presente em cena, de forma secundária, afinal, seu interesse é moralizar.

Pois, como é possível transformar o espectador? Para Diderot, você tem de agitar o público, transtorná-lo, levá-lo às lágrimas. Teatro ali não é a palavra, são as expressões faciais, os gritos, o corpo. Esse é um teatro ilusionista, é levar a platéia a crer que aquilo que está acontecendo ali é o que acontece no mundo, é o real.
Pra isso ele cria dois "gêneros intermediários"
- A Tragédia Doméstica
- A Comédia Séria
(Comédia é tratar de assuntos baixos do cotidiano, tudo de forma ilusória).

Neste ponto ele democratiza o teatro, afinal não são mais os reis e rainhas que figuram como personagem, é também a burguesia, o trabalhador. É a natureza humana, a sentimentalidade sua estratégia teórica, que tem a ver com interesses específicos. Ele vai mudando quem é objeto sério e quem é objeto de riso.
Diderot é o teórico do realismo, mas para ele realismo tem a ver com produzir um efeito do real.

O foco disso tem uma dimensão privada.
Ele considera o mundo privado o centro do teatro, figurado na família burguesa. E faz isso porque a família é o espaço ideal para o culto da virtude, a família é um bem supremo, único lugar onde se pode ser feliz, pois lá fora é o lugar da competição. Aí ele privatiza o teatro.

Lembrem que: teatro não é isso, isto é um teatro.

Diderot não separa conteúdo e forma. O drama ali é um teatro fechado para a relação interpessoal, a imagem do homem liberto das coerções externas. O centro do drama é a decisão do homem à partir de sua ação e vontade naquele momento.

Nota: nada mais interessante pro capitalismo que o homem seja senhor de seu destino, assim ele pode competir livremente, sem culpas ou moralismos, ele pode determinar o seu futuro sozinho e por qualquer meio.


O drama burguês, portanto, fala do homem que é livre e que só através do diálogo ele realiza suas vontades. Não há prólogo, prefácio ou posfácio, só existe o momento.
Neste drama não há futuro previsto, ele sempre é aberto para o novo. Só existe situação, personagem e diálogo. Situação, personagem e diálogo. Situação, personagem e diálogo. As palavras são só aquelas que saem da boca do personagem. O autor e a narrativa, no sentido figurado, desaparecem. A profundidade está no indivíduo e na privatização, não há mundo externo, não há influência externa, só existe a família.
Nesse ínterim, o espectador é um espectador passivo, que se constitui numa identificação pelo irracional. Se eu me identifico com o personagem, eu compro a dramaticidade, eu aceito para mim sua sensação e não penso ou discuto sobre ela.

Exemplo: filmes de Hollywood, quem nunca se colocou na situação da Rose e chorou quando Jack morreu congelado depois do Titanic ter naufragado?


A ação deste drama, aberto ao futuro, trata de ilusão, que trás uma imagem do que promete ser a modernidade: você vê a peça e constitui uma imagem do que é o presente.

Já o Teatro Moderno critica a imagem que a burguesia faz, mas sem negá-la, ele mostra que você é livre, mas questiona isso, critica o presente e promove abalos nesta realidade.
Mas isso fica pra próxima semana.

Evoé.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Idiotismos

Semana passada tive uma puta aula na ELT, que eu ainda vou postar aqui num #Diário de Bordo.
Depois da aula fui pegar o trem, pois o banco da minha bicicleta estava zuado e pra não lesionar meu joelho resolvi pagar o absurdo preço da passagem.
O bilheteiro não me deixou embarcar com a bike porque, segundo ele, só podia aos finais de semana. Fiquei paralisado. Por que DIABOS às 22:50h eu não podia entrar no último vagão de um trem da linha Turquesa para descer duas estações depois daquela? "Não posso"? No cu!

Não me venha falar que o cara tava cumprindo ordens, eu deveria tê-lo chamado de otário! Depois de sair de uma aula magna, onde um dos temas discutidos era a separação do mundo em instituições para que se REINE melhor sobre os idiotas, que somos nós, o cara ainda vem me dizer que eu não posso embarcar por causa do que ta escrito na placa?! O que ele esperava com essa atitude anti humanitária? Um aumento? Não desconfiaria que essa tivesse sido essa a resposta se eu tivesse feito a pergunta.
Ele não tinha que pensar que recebeu ordens e não pode deixar de cumpri-las, afinal ele nem sequer pensou sobre essa "regra", era tarde, o trem estava vazio, havia um cara em sua frente com um problema, o que custava? Ou isso ou correr o risco na Av. do Estado, mas tudo bem né, o problema não era dele! Vamos olhar pro nosso próprio rabo e esquecer que vivemos em sociedade!

Fecha a conta e passa a régua que eu vou encher a cara.

domingo, 18 de março de 2012

Renúncia

A mão não toca o ombro
Tudo se paralisa em olhar
de pele branca e alma negra

Quando não dissimulado
é pesado e mal disfarçado
de lupa, que só queima

A mão segue inerte
e impede outro contato
que os olhos não conseguem

O que os olhos conseguem
é transmitir a emoção
na ânsia de expurgá-la

Óh, impotência nossa
por que lhe somos inerente?
Quanto choro me arrancaste

Os dedos já nem podem
penetrar aquele olhar
que de seco pereceu

E o que havia entre os corpos
tudo desapareceu
sem haver existido

Quando olho eu sempre digo
Poderia ser diferente
mas o mas responde à gente

E quem podemos culpar?
Não há
Não há.


segunda-feira, 12 de março de 2012

Amor, Drogas, Insanidade... tudo igual!

É impressionante como buscamos nossa fuga em coisas "mundanas" e sem consequências pro inconsciente. Somos figuras frágeis que se fazem de forte pro exterior e pro interior de nossa bagunça sentimental.

Drogas= vício pelo prazer fácil e desimpedido. Endossamos nossas camadas de sensações com plantas suspeitas e substância ilegais.
Álcool= elixires de uma maluquez de inconstâncias incrivelmente estranhas.

A insanidade é o melhor lugar para se estar quando não se está. A insanidade só pode ser forjada por problemas pequenos ante o mundo em que habitamos. O sofrimento é a preliminar da insanidade. E a insanidade é a preliminar das consequências desastrosas.
Como não gostar de se matar diariamente se morremos a cada dia sem querermos? Por que proibir de se matar se nos matamos por condição imposta e interdependência adquirida com a idade?
O leite que antes mamávamos no conforto do seio de nossas mães agora é buscado em bicos de garrafas, latas, piteiras, cápsulas, seringas, bocas, afetos, palavras, quereres...
O pensamento comum é uma droga e não a droga um pensamento comum! Cada um tem a sua e a sua sensação. Sua droga é o trabalho, a minha a livre escolha.
Buscamos a sensação de bem estar que não depende de nós e a tomamos em nossas mãos. Para nos sentirmos livres e senhores de nossa alma, para abrir a percepção de nossa capacidade cerebral, animal.




































Eu estou esperando trezentos e sessenta e cinco dias por uma ligação, trinta e quatro anos espero uma mensagem, umas quatro décadas por um oi de qualquer jeito e cinco séculos por um sinal de afeto...
Você é quem? Um anjo ou um ser humano?
Por que os anjos são tão passíveis de desconfiança quanto sua existência e os humanos tão limitados em seus egos e pensamentos? Gostaria de ser e amar um cachorro, para permanecer na pureza e morrer definhando ao lado do que definha comigo. Definhar o corpo e manter forte a sensação no coração. Sobreviver de carinhos e ossinhos e nada mais!
Sabe quem sou eu? O Insatisfeito. Quando não te quero mais, percebo que te quero muito.
O amor não sobrevive se não for droga.
Vou me drogar...


[Adele - He Won't Go]

Pra que?

Estou acabado, afogado em sensações amorosas, derrotado, entristecido, envergonhado.
Melancólico, sofrendo de agonia, sem calmaria, coração pesado, enegrecido, empalamado.
Sou egocêntrico, encefálico, querendo que o fim acabe, esperançoso, esperançado.
Preciso disso, de alegria, de simpatia, tranquilidade.
A liberdade, sou desse estofo, não quero mofo, não sou estacado.
Preciso ouvir, indiferentes, ou diferentes, indignados.
Minha alma briga, por uma vida, sem uma intriga, com amizade.
Odeio série, ou novelas, em minha vida equiparados.
Quero expirar, sem inspirar ou relutar ou alarmar.
Não rotular, analisar, catalogar ou esperar.
Não sei se sou, só sei que quero, só sei que espero sem paciência.
Sabe o que quero? Eu quero oásis, eu quero paz, livre-mente espero.
Por um amor, se quer morrer, por não amor, se quer morrer.
Pra tudo se quer morrer, é por nos acostumarmos a viver.
Ou simplesmente sobreviver.
Ou simplesmente desvanecer.
Irritação.
Consolação.
Sozinho.
Solidão.
Só.
Se.
Vão.
Sol.
Irmão.
Só.
Irmão.
Sem.
Zen.
Quem?
Eu?
Não!
Perturbação...

sábado, 10 de março de 2012

O que é a moda?

O que é a moda senão uma tentativa frustrada de fazer as pessoas melhores? E nessa ânsia por transformação para o melhor, ela, a moda, não acaba por transformar demais a ponto do não auto conhecimento ser mais forte do que a auto afirmação? A moda não deveria fazer parte da identidade ao invés do lifestyle consumista?

Se a moda foi engolida pelo capitalismo, logo a personalidade e a identidade se tornam mercadorias vendáveis ou meramente ilustrativas, perdedoras para um padrão que casa estilo e comportamento.

Somos, então, seres sem personalidade que buscam nas roupas um reconhecimento de sua atitude ou somos apenas seres que acham que isso não tem a menor importância?

sábado, 3 de março de 2012

Ser

Aonde está o problema
em pegar a bicicleta
vender bolo ou adesivo
sem ver faixa, sem ter seta?
Não tem trouxa na minha testa.
Não tem horário abusivo
não tem gente inquieta
não tem chefe irreal
nem paredes muito retas
de uma mente sem astral.

Eu não quero viver nisso
Eu não visto social
me recuso a por a máscara
da mentira colossal.
Eu não quero ter juízo
Eu quero sair descalço
sem alimentar os malditos
que andam de motor no asfalto
Eu quero pedalar
pensando sem pensar
sem pressão, sem tudo ou nada
sem gente apressada.

Por que conviver é tão pesado?
Vai ver a culpa é do trabalho
que causa a apatia
de viver sempre amarrado
Devia ir mais à praia
Devia olhar as calças
Devia olhar as saias
Me permitir
e me amar
To querendo me encontrar
mas tá difícil de achar

Não vou me contaminar
quero sair desse lugar
não quero engolir mau trato
ou trato abstrato, ou contrato.
Pode ser que eu me renda
Pode ser que eu aprenda
Mas tem gente que não sente
este ser está pesado
este sem comunidade
um dia será arrebatado.

Hora da Brisa: Fato Verídico

Sabe o que eu tava pensando...? Já esqueci!
Hahahahaha.