sexta-feira, 13 de abril de 2012

Importância à Impotência

Se eu soubesse divagar
Não seria devagar
Corro a uma velocidade
que ninguém pode almejar

Decisão ou contra mão;
Gostar ou não gostar;
Resolver o lado então;
Ser
Não ser
Eis a questão
E discute em discutir,
Conviver, repercutir,
Não é tranquilo existir
Por aqui ou por ali?

Em tempos de querer morrer,
Acordar pra viver
Aceitar o viver
É um exercício a exercer.
Em tempo de guerra fria
meu silêncio é ilusão
de um corpo embalsamado
que marina em solidão

Tem um peso morto em mim
Tiro ou deixo resistir?
Não consigo me expelir
Eu não posso mais seguir
Estou preso em meu pulmão
Tensionado o coração
Como posso ser feliz
Se a existência é assim?

Eu iria pra você
Mundo, eu seria seu
Se a cegueira persistir.
A comida me comeu.
Sem lutar comigo mesmo
Vagaria, auto-desprezo
Ou seria maravilha
Ou me desvaneceria...


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