Nada falta pra humanidade
que não um soco de vontade.
Nada falta pro ser humano
do que um sopro esperança.
Estamos presos num balão
De coca fresca e mente insana
A realidade ainda não foi visitada.
A realidade ainda não está mostrada.
A produção é ilusão de um macaco em evolução
que vai chegar a ser humano
quando assumir o eu macaco
Que vive aos cacos, em extinção
Cultua o caos e a progressão
Só o amor é o que nos resta
Só ele nos faz o que presta
Ele nos inspira a ser alhures
E do alhures nos faz poetas
Acreditamos cegamente numa parte do divino
Numa lei e num país
Que faz dos humanos bovinos
Mas o que é que nos move
A sair da bola nove?
Queremos o destaque
Queremos o melhor
Mas por vezes fuma maconha
E quando dá na telha cheira pó
Vai ver é frustração
por parte da negação
Ausente de ação
Por forças que nos arrebata,
nos lança na contra mão
To entrando em depressão
Dá remédio e distração!
Não existem doentes
A realidade é uma doença
Ainda que longe de enxergar
Mas nos mata por afetar
E por nos deixarmos afogar
Se a vida é dividida em dois
Porque sou terceirizado?
É porque em quartos de tempo
Nossa estima vai pros quintos
E ansiamos a sexta-feira
Pra no findi se afogar,
da coleira se libertar,
Mas na segunda nos assistimos
Iludidos em classe primeira
Minha mãe é faxineira!
O meu pai catou papel!
Meu avô morreu de cirrose!
Minha prima é de bordel!
O meu tio morreu de AIDS
Suas sobrinhas perderam os pais
O câncer só deixou a avó
Que setuagenária tira o pó
E os irmãos da última geração
Não se falam, não falarão
Pra que quer estar no topo,
Moço de alto calão,
Preparado pra lutar,
vencer na vida e celebrar?
Essa porra não existe
O que existe é ilusão
Moço de terno que aparece
Pra dizer quem é o patrão
Pra ditar o sim e o não
Pra ativar o seu ego, então
Quer o melhor pra ser soberbo
E viver em retaliação
Vão pra puta que pariu
Ser humano toma doril...
por parte da negação
Ausente de ação
Por forças que nos arrebata,
nos lança na contra mão
To entrando em depressão
Dá remédio e distração!
Não existem doentes
A realidade é uma doença
Ainda que longe de enxergar
Mas nos mata por afetar
E por nos deixarmos afogar
Se a vida é dividida em dois
Porque sou terceirizado?
É porque em quartos de tempo
Nossa estima vai pros quintos
E ansiamos a sexta-feira
Pra no findi se afogar,
da coleira se libertar,
Mas na segunda nos assistimos
Iludidos em classe primeira
Minha mãe é faxineira!
O meu pai catou papel!
Meu avô morreu de cirrose!
Minha prima é de bordel!
O meu tio morreu de AIDS
Suas sobrinhas perderam os pais
O câncer só deixou a avó
Que setuagenária tira o pó
E os irmãos da última geração
Não se falam, não falarão
Pra que quer estar no topo,
Moço de alto calão,
Preparado pra lutar,
vencer na vida e celebrar?
Essa porra não existe
O que existe é ilusão
Moço de terno que aparece
Pra dizer quem é o patrão
Pra ditar o sim e o não
Pra ativar o seu ego, então
Quer o melhor pra ser soberbo
E viver em retaliação
Vão pra puta que pariu
Ser humano toma doril...
loco esse texto
ResponderExcluirhttp://rocknrollpost.blogspot.com.br/
Adorei.
ResponderExcluirPostei no meu facebook um trecho, com os devidos créditos e o endereço do blog.
Esse toca na ferida, ferida do Brasil.
Óh pátria ferrada, vai pra puta que pariu.
Ludicamente lindo!Genial!
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