A irresponsabilidade o fez se
drogar
O fez masturbar
O fez beber
Sem nada mastigar
Cássia estava com ele
Cássia estava pra ele
Cássia cantava com ele
Cássia não era ele.
Num súbito ataque de prazer
Caminhou carente
Contando as horas
Contando os tempos.
Desculpando-se a toda gente.
Por existir?
A irresponsabilidade o fez
pegar
A bicicleta e pedalar
O fez cair
O fez gritar
O fez livre de si mesmo
Preso a uma liberdade.
A vontade de só ser
O fez gemer, o fez berrar.
Tentou ser neutro
E enxergar
Mas é tão sujo
Quer se livrar!
Os caminhos dos seus dias
Eram todos conturbados
Não sabia quem seria
Nos dias após seu parto
E ele segue procurando
Procurando por um eu
Que se existe nasceu surdo
Entranhado em mim, no meu
E tem olhos muito atentos
Que olha, se olha e chora
Tem a boca equivocada
Que fala, come, mas não ora
As suas mãos só dirigem
Em sua vida a bicicleta
E tocam corpos mui bem vindos
Que existem e acertam.
Risadas.
Coragem.
Eu preciso de coragem.
Eu confesso, sou covarde.
Mas não quero ser assim.
Ih, é o fim...
Sabe, acho que pensamos ser covardes mas é porque é normal sentir medo, especialmente do desconhecido ou quando algo se aproxima, é similar ao que já doeu.
ResponderExcluirCoragem não é ausência do medo mas enfrentar não obstante.
O poema tá todo enfeitado com < s > , parece que é pra não ler, ahuahuah
Muito bom o poema , mas que tem problema de visão acho que não vai conseguir ler hehe ...
ResponderExcluirpassa la? opinioespromundo.blogspot.com.br