quarta-feira, 9 de maio de 2012

Platônico


A semana se arrastara para um louco apaixonado de amor platônico. Com o coração despedaçado, eu via vitrines, pisava no mato, em busca de um meio pra largar esse estado. Então, corri, corri com a intenção de meu coração ser comprimido na coluna e sair pelas escápulas, não que já não houvesse um buraco em meu peito. Caí em cima do meu orgulho e lá beijei o asfalto... Ah, responsável pelo meu relato, e tu intacto, tu que nunca me amaste, vós que sabes que a sorte não arrebenta dos dois lados, você que conhece os segredos da vida e da morte, só não desvendou o meu olhar.
E onde estais? Prestes a se casar e em Julio Prestes se alojar... Talvez eu volte a olhar o mar, donde dois golfos se cruzaram e um deles virou seguidor do outro, mas por hora eu me resumo a sentar no quinto andar, sem areia, sem sol... sem você.
Me encerro no cinzento renitente, com a tevê de companhia e lembranças inexistentes.
E com o que tenho, eu tento, perseguindo um outro intento, mas que é só um, é fruto de desalento. Neste caso, não há órgãos, é só remédio, e como tenho que esperar que sua vida seja feliz: parabéns... pelo casamento.

[Por Sirius]

Um comentário:

  1. nossa... será que existe alguem desse jeito nesse que nem relata o texto?! tomara q s xD
    muito bom o texto

    se puder da uma passada aqui:

    http://kelecatura.blogspot.com.br/

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