Esse post parte do desejo mais profundo do meu coração, vem de um lugar que eu realmente achei que nunca estaria.
Cercado pelos meus êxitos e por tudo aquilo que a vida e meu esforço tem me dado, me vejo deficiente do principal sentido. Por mais que eu me paralise na rua ou sente à margem da plataforma, tenho certeza de que não posso apertar os ponteiros do relógio a trabalharem mais depressa, pois não possuo pagamento a eles. Não gosto do que está acontecendo, mas ainda acho bonito meu caminhar diante da tempestade que assola a avenida movimentada, meio sol, meio chuva, muito vento, folhas voando e arranhando meu rosto. Estou vestindo aquilo que me remete a você e escolhendo me punir intimamente.
Apesar do sofrimento, gosto de sentir meu coração descompassado numa miscelânea de paixão e dor... o arrependimento ofusca o brilho do meu sol e a tua reação deita minha força, que está diante de seus braços... corro, paro, sento choro, penso, eu estou aqui, mas você não, e isso de alguma forma é bom, pois o moinho em que vivemos irá alavancar o mundo que construí.
Eu posso perder meu trabalho, perder minha família, perder minha alegria de viver, posso ser traído, pisado e até humilhado, mas a única coisa que mais me assusta é o medo da solidão...
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